Como é difícil termos renovação na política, ou quando acontece, como ela é lenta.
Quando se acompanha as discussões do Partido Progressista sobre a candidatura ao governo do Estado em 2010 e a leitura das pesquisas do fim de semana isso fica mais visível ainda. Dá até para dizer que ela não acontece no partido.
Angela Amim apareceu em primeiro lugar, é fato, mas entre pesquisa e a eleição propriamente dita há muita diferença, e tempo. Até lá são 12 meses.
Mas acompanhe. Desde 1982, o casal Amim só não teve representante na majoritária em 1986. Este também foi o único ano em que um dos candidatos não foi um Amim.
Em 1982 Esperidião Amim venceu Jaison Barreto (PMDB), por 13.150 votos. Em 1986 Amilcar Gazaniga ficou atrás do vitorioso Pedro Ivo Campos e de Vilson Kleinubing. Em 1990, o partido coligou com o PFL e assim compartilhou a vitória de Kleinubing sobre Paulo Afonso Vieira. Mas Amim elegeu-se Senador, com mais de 900 mil votos e Angêla Amim foi a deputada federal mais votada. Em 1994 Ângela perdeu para Paulo Afonso depois de uma virada no segundo turno. Em 1998 Amin devolveu a derrota para Paulo Afonso. Em 2002 Amim também perdeu de virada no segundo turno para Luiz Henrique da Silveira. E em 2006 a derrota de Amim para o mesmo Luiz Henrique veio no primeiro turno.
Placar final, contando a vitória de Kleinubing em 1990, fica (PDS/PFL/PPB/PP) 3x4 (PMDB), sendo que nas últimas quatro fica (PPB/PP)1x3(PMDB).
Vendo tudo assim, será que não está na hora de renovar? Quem poderia ser a renovação dentro do PP? Ou será que não jeito de fugir da dependência do casal Amim?
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