A semana da eleição chegou. E é claro que a pergunta que mais se faz é qual vai ser o resultado? Será que vamos ter segundo turno? No Brasil e em Santa Catarina as pesquisas divulgadas pelos meios de comunicação indicam que sim. No país, há uma expectativa de que até se possa resolver tudo no primeiro turno, mas no Estado é uma das eleições mais indefinidas das últimas décadas.
Agora se a avaliação do eleitor for apenas pelas redes sociais, parece que um dos candidatos já está com a faixa no peito. Mas este público deve lembrar que apenas 25% dos brasileiros estão na internet. E os outros 75% que não estão, também votam, e serão eles que vão definir a eleição. Seja qual for o resultado das urnas, não se pode reclamar de fraude. Se os resultados valeram antes, precisam valer agora e quem vencer deve ter o direito de governar.
Podemos reclamar sim, que uma eleição a cada dois anos custa caro. Que financiar os candidatos com o dinheiro público é um absurdo (aliás não vi criticas massivas a isso nas redes e nem mesmo os principais candidatos se comprometendo a acabar com isso). E na minha opinião, uma campanha eleitoral para presidente e governador com apenas 45 dias, é muito pouco tempo para se discutir os reais problemas do Brasil.
Des(focado)
O foco nas eleições presidenciais, a indefinição da candidatura de Lula e Hadad e o atentado a Bolsonaro fizeram com que assuntos importantes ficassem em segundo plano nesta curta campanha. Tudo isso, de certa forma cegou e ensurdeceu o debate para um #elenão e #forapt, como se apenas tirar um ou outro seja a solução. O eleitor esquece até que temos outros onze candidatos.
O Brasil real
Esta campanha eleitoral evidenciou cada vez mais o clima de ‘quanto pior melhor’. Os problemas da economia nos últimos anos fizeram com o que o eleitor esquecesse dos avanços obtidos, esquecesse que a corrupção vem desde o tempo do Império, e que não se resolve isso tão facilmente. O Brasil de hoje não vive uma boa situação, mas também não está pior do que era há 35-40 anos. E uma das dificuldades de hoje, talvez seja essa falta de memória. Seguimos reelegendo os mesmos de sempre, que resolvem os problemas deles, e não os nossos.
O nosso quintal
Com tanta discussão sobre a eleição presidencial, o eleitor não pode esquecer do lugar onde mora. O próximo governador vai ter uma grande dificuldade para administrar o orçamento do Estado. Por isso a escolha precisa ser bem feita. A representatividade regional também precisa ser recuperada. A Amurel tem saído enfraquecida a cada quatro anos. Cabe ao eleitor também repensar este posicionamento.