Páginas

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cotas para tudo ou para nada?

O sistema de cotas raciais adotadas pela Universidade de Brasília está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. No primeiro voto, divulgado ontem, o relator do processo Ricardo Lewandowski votou pela constitucionalidade das chamadas políticas afirmativas da UnB. Lá são reservadas 20% das vagas para negros e índios pelo período de 10 anos. O julgamento continua esta tarde.

O assunto não é novo, mas gera todo este questionamento. Você aí em casa, o que acha? Precisamos mesmo lotear toda a nossa sociedade em cotas para garantir o direito das pessoas? Será que as cotas conseguem corrigir desigualdades históricas cultivadas ao longo de séculos? Será que as cotas não geram ainda mais discriminação?

Já ouvi de um pai branco uma vez, que ele gostaria que o filho negro e deficiente físico, ingressasse na universidade por mérito e não por decreto. Outro pai, sem recursos pode ver nas cotas as chances de seus filhos terem um futuro diferente. É difícil e óbvio que teremos os defensores e também os opositores.

Mas se este modelo prevalecer, entendo que outras cotas devem ser revistas. Os 20% de candidatas mulheres nas chapas proporcionais são um exemplo. Será que eles garantem a maior participação feminina na política? A cota é mesmo necessária? E se o questionamento das cotas da UnB vem de um partido político, o Democratas, será que dá para defender o modelo para uma situação e ser contrário em outra? O resultados das urnas até agora não trouxe resultados.

Eu entendo que o modelo de cotas, certo ou não, apenas esconde a verdadeira causa dos problemas. Se negros, pardos, índios, deficientes físicos, brancos, homens e mulheres têm diferenças no acesso à universidade, ou espaço na política, por exemplo, é porque temos um abismo em nossa sociedade.

Propomos o sistema de cotas para tentar corrigir estas desigualdades, mas o correto seria dar condições para que todos tivessem as mesmas oportunidades. Se educação e cidadania são direitos de todos como vamos definir ou excluir determinados públicos baseados em porcentagens?

Rhumor do JBGuedes

twitter.com/jbfguedes - guedesjb.blogspot.com

Categories

A Hora do Voto Acit Ada De Luca Aeroporto Regional Sul Alesc Amurel Arena Multiuso Armazém BR-101 Braço do Norte Brasília Câmara Capivari de Baixo Câmara de Braço do Norte Câmara de Criciúma Câmara de Grão-Pará Câmara de Gravatal Câmara de Imaruí Câmara de Imbituba Câmara de Jaguaruna Câmara de Laguna Câmara de Sangão Câmara de São Martinho Câmara de Tubarão Câmara dos Deputados Capivari de Baixo Carlos Stüpp CDL CDR Charge Debates DEM Deputados Desenvolvimento Diário do Sul Dilma Roussef DNIT Economia Edinho Bez Educação Eleições 1982 Eleições 1985 Eleições 1986 Eleições 1989 Eleições 1990 Eleições 1992 Eleições 1996 Eleições 1998 Eleições 2000 Eleições 2002 Eleições 2004 Eleições 2006 Eleições 2008 Eleições 2010 Eleições 2012 Eleições 2014 Eleições 2016 Eleições 2018 Eleições 2020 Facisc Governo Estadual Gravatal Imaruí Imbituba Impostos Indústria e Comércio IPTU Jaguaruna JBGuedes Joares Ponticelli Jorge Boeira José Nei Ascari Justiça Justiça Eleitoral Laguna Leis Meio Ambiente Obras Olávio Falchetti Partidos PCB PCdoB PCO PDS PDT Pedras Grandes PEN Pepê Collaço Pesca Pescaria Brava Pesquisas PHS PL PMDB PMDB Mulher PMN Política Porto de Imbituba PP PPA PPB PPL PPS PR PRB Prefeitos Prefeitura de Capivari de Baixo Prefeitura de Gravatal Prefeitura de Jaguaruna Prefeitura de Laguna Prefeitura de São Martinho Prefeitura de Tubarão Prefeituras Presídio Prona Propaganda partidária PRP PRTB PSB PSC PSD PSDB PSDC PSL PSOL PSPB PSTU PT PTB PTC PTdoB PTN PV Raimundo Colombo Rede Sustentabilidade Reforma Administrativa Reforma Eleitoral Reforma Política Reforma Tributária Reforma Universitária Rhumor Rio Tubarão Rizicultura Salários Saúde SDR de Braço do Norte SDR de Laguna SDR de Tubarão SDRs Segurança Senado Senadores Sociedade STF TCE TJ-SC Trânsito TRE Treze de Maio TSE Tubarão Turismo Unisul Unisul TV Vereadores