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segunda-feira, 2 de julho de 2018

O país do tempo perdido

Ao que parece o bordão ‘Brasil, País do Futuro’ foi forjado pelo judeu-austríaco Stefan Zweig, que fugiu do nazismo e se radicou na serra fluminense, mais precisamente em Petrópolis-RJ. Em 1941 lançou um livro com este título que acabou convertido em epíteto nacional, segundo o seu biógrafo e recém falecido jornalista Alberto Dines.

Pois quase 80 anos depois esta ideia continua norteando a esperança do brasileiro que sonha com que algo de bom aconteça e nos coloque no caminho da prosperidade. Na teoria temos tudo para que isso ocorra. E na verdade, na teoria, este futuro já deveria ter acontecido e transformado o presente. Temos clima, recursos naturais, recursos humanos e uma série de outros elementos que outras nações não possuem. Mas o futuro próspero ainda não prevalece.

É difícil explicar o que acontece? Seria fácil simplificar e botar toda a culpa no PT como se tem feito agora. Mas releiam lá em cima que o termo País do Futuro já tem quase oitenta anos. Portanto oito décadas teriam sido suficiente para que outras siglas partidárias também tivessem contribuído com esta transformação. Mas a insistência dos governos em tomar decisões erradas nos coloca sempre em posições desfavoráveis. A impressão que fica é que vivemos no país do tempo perdido.

O futuro passa pela educação

No mesmo período de forja da expressão ‘Brasil, País do Futuro’ países como Alemanha e Japão passaram por uma reconstrução após a derrota na Segunda Guerra Mundial. Conseguiram a recuperação num espaço de tempo bem menor, sem precisar dos 80 anos, e fizeram isso com investimentos consideráveis em educação. Já por aqui seguimos correndo atrás do tempo perdido. Confira os exemplos abaixo.

Cortes nos Cedups

Na última semana o Governo de Santa Catarina anunciou o cancelamento de novas matrículas nos Centros de Educação Profissional, os Cedups. Oficialmente a Secretaria de Estadual de Educação informa que o objetivo é garantir o equilíbrio entre a oferta e a procura de vagas. Já o deputado estadual Dirceu Dresch (PT) argumenta que isso tem relação com o decreto 1.608, de 11 de maio deste ano, assinado pelo governador Eduardo Moreira (MDB), que anula R$ 271,2 milhões do orçamento da educação. Recursos que seriam remanejados para o pagamento de dívidas do Estado. 

Cortes nas federais

Em nível federal, levantamento do Site G1, revelou que os repasses do Ministério da Educação (MEC) para as universidades federais chegaram ao menor patamar dos últimos seis anos. Em 2017 foram pouco mais de R$ 6 bilhões para despesas como conta de luz, bolsas para estudantes de baixa renda e manutenção de prédios, chamadas verbas não obrigatórias. Esse valor é um pouco maior do que foi repassado em 2010. Mesmo que não obrigatórias é impossível dizer que elas não interfiram nas atividades educacionais.

Círculo vicioso

Mas é tudo reflexo da crise, alguém pode argumentar. Sim, é claro que é. Mas os cortes que os governos fazem na educação hoje têm reflexos nos gastos futuros com saúde, segurança e etc. É um circulo vicioso que não nos deixa ser o país do futuro e nos segura perdendo tempo, ou não é?

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