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quinta-feira, 2 de julho de 2009

É preciso falar de segurança sempre

De vez em quando a gente fica assim, vivendo uns dias tranquilos, sem grandes e graves ocorrências, que dão a impressão de que está tudo calmo e controlado. De repente vem alguma bomba e agita a cidade. Aí todo mundo volta a falar e comentar o assunto.

Eu considero este tema segurança muito importante, mas que não tem a devida importância de todos. Geralmente, as pessoas só ficam indignadas com o assunto quando a violência atinge uma criança ou envolve alguém conhecido ou da família.

Você leitor, lembra dos últimos assassinatos ocorridos aqui em Tubarão/ Infelizmente, todos ligados com as drogas. A polícia agiu e aos poucos foi descobrindo os envolvidos com os crimes. Mas, e a causa do crime? Tem que se preocupar com os autores, mas também com a causa. Os traficantes e usuários continuam vendendo e consumindo. Este circulo vicioso alimenta outros crimes como pequenos e grandes furtos, violência doméstica e exploração sexual.

No meu entendimento há pouco envolvimento da cidade, pouca indignação com tantos assassinatos em tão pouco tempo. Ah só está morrendo gente envolvida com drogas. Só está morrendo ladrão? O que eu tenho com isso? Temos muito!

As drogas estão em todos os lugares. Estão nas famílias de baixa, média e alta renda. Quando vamos nos indignar? Quando morrer alguém que mora no centro da cidade? Quando morrer algum jovem que não é da periferia e ninguém desconfiava que estava metido com isso? Quando for o meu filho? Quando a minha casa for invadida? Não, não, eu não posso concordar e nem esperar por isso.

Temos que nos indignar sempre.

È por isso que eu admiro o trabalho realizado pelo Conselho de Segurança de Tubarão. Esse pessoal que se reúne todo mês e fica pensando em pequenos detalhes merece e precisa de mais apoio. Pode parecer inofensivo, chato e antiquado querer fechar os bares durante a madrugada, proibir a venda de bebida alcoólica em postos de gasolina e se preocupar com os futuros viadutos da BR-101. Pode parecer quando está tudo calmo. Mas quando vamos nos indignar junto com eles? Quando não der mais pra controlar? Espero que não seja tarde demais.

Comunicação Coca-Cola

Por Alice Botega

Em 1999, quando tranquei a universidade para ir morar no exterior a Internet estava sinalizando alguma coisa laaaa no infinito, ou melhor, no futuro. Nessa época usávamos a máquina de escrever, elétrica é claro, coisa de primeira, tínhamos que bater 140 toques por minuto, mas se errasse lá no final, já era, tinha que começar tudo novamente coisa de gente perfeccionista.

O curso de Comunicação Social estava se modernizando, se não me engano tinha sido implantada a hemeroteca que também disponibilizava alguns computadores para os alunos, lembro do dia em que entrei lá, ficava no final do corredor, atrás do laboratório de foto, estava lá à professora Darlete, vestia um blazer claro, quase da cor das novas máquinas, confesso que tive um pouco de medo ao olhar aquelas máquinas, depois chegou a professora Silvana e as duas começaram a me mostrar os novos equipamentos maravilhadas.

Na década de 90, participei de vários congressos nacionais e estaduais, UNE em Belo Horizonte que teve até a presença de Fidel Castro, é isso mesmo Fidel Castro em carne e osso e é claro, charuto cubano. Outro congresso que lembro bem foi o Enecom em Maceió – Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação - o tema era falar, estudar, debater sobre a Democratização da Comunicação.

Enfim 10 anos se passaram e a tal da Democratização da Comunicação chegou. E chegou com tudo, com todas as ferramentas, com todas as comunidades e possibilidades, 24 horas de noticias e informações em tempo real, acessos free e disponíveis até na padaria da esquina. Ficamos eufóricos, isso é o futuro, isso é a Democratização da Comunicação!

Agora todas as classes terão direito de consumir e produzir informação, não é magnífico? Por que estamos indignados, pessimistas? Umm derrubaram o nosso diploma e agora? Talvez agora tenhamos que pensar no Tema do Enecom de 1999, Comunicação Holística, que remete ao “holismo” teoria segundo a qual o “todo é algo mais do que a soma de suas partes”. Que palavra no ano 2009 pode nos remeter ao “todo”, seria o GLOBAL, e quem são as “partes” ou quais são as suas partes? Ou melhor, o querem fazer dessas partes? Em 1974 o canadense Marshall McLuhan já havia proposto o termo “aldeia global” com estudos que caracterizam um progresso tecnológico que iria globalizar a comunicação.

Mas no novo milênio a “aldeia global” tomou outro sentido, talvez ela queira nos encarcerar dentro dessa “aldeia” e deixar o “global” do lado de fora. Essa “aldeia global” proposta pelo novo milênio tomou a dimensão de mercado e mercado mundial, o que predomina é o modo de vida urbano; a americanização da juventude; o tudo igual e instantâneo da comunicação (vamos todo imitar o moonwalk) de Michael Jackson e seremos felizes.

Apropriando-se das palavras do sociólogo Armand Mattelart, podemos dizer que a Comunicação é recomendada assim no novo milênio: “criem um produto único para todo o mercado mundial; comercializem-no a um preço único; o mais baixo possível; façam sua promoção da mesma forma em cada país; e utilizem, em todos os lugares, os mesmos circuitos de distribuição, em suma, grosso modo imitem a Coca-Cola”, então criamos no século XXI a comunicação Coca-Cola.

Lembre-se se você é formado em Comunicação Social – habilitado em Jornalismo você tem o dever de fazer diferente.

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