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sábado, 12 de junho de 2010

Entrevista: Pré-candidato a presidente Américo de Souza (PSL)

O maranhense que mora em Balneário Gaivota há 20 anos passou por Tubarão esta semana. Já foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte e Maranhão e também esteve no Senado. Nesta entrevista ele fala de algumas propostas
Souza explica propostas


BLOG DO RAFAEL MATOS - Qual a experiência acumulada a partir das eleições de 2006 quando o senhor já foi candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Luciano Bivar (PSL)?
AMÉRICO DE SOUZA -
A experiência foi muito grande, porque o Luciano Bivar é uma pessoa altamente qualificada, porém foi atropelado pela vinculação que havia na época. Podia-se votar para presidente e tinha que acompanhar os demais cargos no mesmo partido, e isso prejudicou muito. Isso não ocorre agora. Em 2010 pode escolher Américo de Souza como candidato a presidente e pode votar em candidatos de outros partidos para as outras vagas. Isso me trouxe uma experiência muito grande, e justifico o fato do Luciano não ter tido um desempenho melhor na campanha.

BRM - Como brigar contra o pouco espaço na mídia que é dado aos partidos chamados nanicos, como o PSL, e ganhar visibilidade nesse cenário?
AS -
Na medida em que eu tiver substância política e eleitoral em função das minhas propostas que atingem todo o universo das necessidades do povo brasileiro. Estudantes, empregados, empresários, comerciantes, industriais, agricultores, de todos os campos, todas as áreas da atividade nacional, todas elas são atingidas beneficamente por minhas propostas, que são ousadas, mas muito conscientes.

BRM - O que o senhor propõe na área da saúde?
AS -
Nós vamos acabar com as filas dos serviços de saúde em seis meses.

BRM - E segurança?
AS -
Nós acabaremos com a bandidagem também em seis meses. Vamos alterar o Código Civil, alterar o Código Penal, a Lei de Execuções Penais. Vamos ter uma abrangência muito grande, porque hoje em dia a bandidagem se exerce pela falta de legislação que ampare a justiça no sentido de manter na cadeia os presos pela polícia. Hoje se diz 'a polícia prende e a justiça solta', mas não é que a justiça queira soltar, ela é obrigada para cumprir a legislação e ninguém até agora fez qualquer coisa para que essa legislação mudasse e eu vou mudar. Porque tenho uma boa base jurídica, além de bacharel em Direito, além de advogado, além de ter sido ministro do Tribunal Superior do Trabalho e do Ministério Público.

BRM - Nas últimas pesquisas Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB) aparecem empatados e os candidatos dos partidos nanicos não são citados. Como o senhor avalia isso?
AS -
Houve uma eleição no Brasil em que as duas maiores figuras da política brasileira ocupavam exatamente a mesma situação que estão hoje Dilma e Serra. Ulisses Guimarães era presidente da Câmara dos Deputados, presidente da Constituinte. Isso em 1988 e a eleição foi em 1989. O PMDB tinha 26 dos 27 governadores lhe apoiando, tinha o maior numero de senadores, de deputados federais e estaduais, de prefeitos, de vereadores. Era essa loucura que ele tinha e só obteve 4,1% no final das contas. Aureliano Chaves que era o presidente do PFL, hoje Democratas, homem de bem, homem sério, homem honrado, ex-vice-presidente da república, só teve 1%. Então toda esta mídia que esta aí, essas pesquisas que são feitas, são em função do momento. É só analisar entre a pesquisa expontânea e a pesquisa condicionada a uma cartela. Eu, por exemplo, já estou com pouco mais de 1%. Mas eles não divulgam porque não tem interesse. Mas na medida em que minhas propostas forem se consolidando eu posso ganhar espaço. Em Recife-PE, na Folha de Pernambuco, um dos jornais de maior circulação do Nordeste, imediatamente à nossa reunião em que me elegeu e aclamou como pré-candidato, esse jornal me deu um grande espaço. Na mesma edição deu menos de 1/8 para Serra e menos de 1/8 para Dilma e me deu uma página nobre de espaço para mim. No Paraná eu fiz uma palestra para a Câmara de Vereadores, tinha um vereador nosso do PSL, entre mais de 30 vereadores curitibanos e saí de lá aclamado efusivamente porque tive oportunidade de mostrar minhas propostas.

BRM - Quais seriam outras propostas do senhor?
AS -
Todos falam em Reforma Tributária, vamos desonerar isso, desonerar aquilo, mas sem dizer como é. Eu não, eu apresento uma proposta que é o tributo único. Tenho um livro publicado sobre isso. Vou substituir, vou eliminar todos os impostos, todos os emolumentos, todas as contribuições e todas as taxas. Não vai haver nem mais custa judicial, porque isso é emolumento. Não vai ter mais INSS pra pagar, porque isso é uma contribuição. Ninguém mais vai se preocupar com declaração de Imposto de Renda, porque não vai mais ter isso. Eliminam-se todos os impostos, todas as contribuições, todas as taxas e emolumentos. Se cria um único tributo, com uma nova base de cálculo que é recebimento de valor. Tudo que você receber você paga 10%. Um único tributo de 10%, que eu chamo de dízimo cívico. Na carga tributária, hoje se diz que a indústria paga 42%, o comércio paga 37%, entre outros. Tudo que a empresa vender, que o cidadão vender e receber como salário paga 10% e nada mais. Os empregados terão o FGTS que hoje as empresas recolhem via Caixa Econômica, será acrescido ao salário do trabalhador. Isso significa 8%, mais o INSS que vai deixar de pagar vai significar quase 20% de acréscimo no salário dele. E aqueles que pagam imposto de renda na fonte, tudo isso vai desaparecer. No lugar disso, paga só 10%. Os trabalhadores que são isentos de IR terão um acréscimo de 11,2% nos salários para que ao pagar o imposto de 10% não sofram diminuição na renda. Tudo isso está devidamente explicado no meu livro.

BRM - Como explicar isso para toda a população com tão pouco tempo no horário eleitoral?
AS -
Estou citando agora para os seus leitores, e temos mais quatro meses para isso. As pessoas vão ver o Américo de Souza crescer, e na proporção que um cresce o outro desce.

BRM - Esta será sua principal bandeira?
AS -
Não, eu não serei candidato de uma bandeira só, como foi o caso do Cristovam Buarque (candidato do PDT em 2006) que falava só sobre educação, mas também não dizia como iria fazer. Eu não, eu farei uma reforma educacional. Toda a educação básica, o ensino fundamental e o ensino médio passarão para esfera federal. Todas as professoras passarão a ser funcionárias do governo federal num quadro especial do MEC. Todos os alunos terão disponíveis as salas de aula de 6 da manhã até a meia-noite para usarem para o que for preciso. Para estudar, usar computador, usar biblioteca, praticar esportes. E isso em todas as escolas estaduais e municipais mantidas pelo Fundeb. Com isso, os municípios também vão se libertar deste ônus pesado que é manter a escola municipal. A mesma coisa para os estados que vão se libertar desta carga. Eles vão deixar de receber verbas do Fundeb, mas em compensação não vão ter mais nenhuma responsabilidade com o ensino porque será tudo federalizado. Isso aí não é novidade. Assim a Coréia do Sul saiu de uma situação que ficava lá atrás do Brasil e hoje está lá na frente. Hoje a Coréia do Sul é primeiro mundo. Já foi lá do fim da fila. A França e Estados Unidos também são exemplos para verificar e louvar. Temos que nos espelhar naqueles que dão certo e não em Cuba, em Venezuela de Chaves. Não tenho nada contra, mas acho que não é o exemplo para o Brasil.

BRM - O senhor também é o presidente estadual do PSL de Santa Catarina. Qual será a posição do estado nas eleições daqui?
AS -
O partido em Santa Catarina não vai apresentar candidato a governador. Nos fizemos reuniões em Itapema, somos fortes no Norte do Estado, em cidades como Blumenau com o presidente local João Beltrame, em Joinville com a vereadora Dalila Leal, em Navegantes com o vereador Donizete Silva e o Renato Lopes, em Itapema com o Huen Back, o Gilberto Silva em Balneário Camboriú, o Ivan Leal em Camboriú, apenas para citar alguns nomes. Vamos ter um pré-candidato e candidatos a deputado federal e estadual. Para o estado eles estão decidindo porque eu estou muito ocupado com a pré-candidatura a presidente. Eles se reúnem e decidem sem a minha participação. Eles também decidem se vai coligar ou não. Mas nossas candidaturas serão ajudadas pela candidatura vitoriosa que será a nossa a presidente pelo PSL.

Charge - Nunes

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