No dia em que empresários e trabalhadores catarinenses estarão reunidos para discutir a desindustrialização do país, reproduzo um artigo do presidente da Abramaco, Giuseppe Tropi Soma, que ajuda a pensar causas e soluções para problema, e também sobre o verdadeiro vilão desta história.
O Ocidente está preste a declarar guerra à China! Será uma luta desigual e o ataque será a qualquer momento
Os motivos são graves. A China vinha sorrateiramente se preparando há tempos com estratégias para enfraquecer o futuro inimigo. Ela conseguiu, destruindo todas as estruturas econômicas dos países ocidentais. O Ocidente está em profunda crise econômica, só resta reagir com o uso de sua estrutura militar antes que seja tarde demais. Por isso o primeiro ataque será a qualquer momento.
Você se assustou? Ainda bem que podemos brincar com coisas sérias numa situação
seríssima.
A economia ocidental realmente está em profunda crise e todos querem culpar a China.
Mas a China não tem culpa nenhuma. Ela apenas retirou o pano sob o qual se escondiam os
resultados negativos que as falsas políticas sociais produziram no Ocidente. É necessário ter
política social, mas isso é tarefa de governo e não se pode impor tal tarefa ao cidadão que cria
empregos. Quando se cria vantagem para uma pessoa e desvantagem para outra, é óbvio que
se cria um desequilíbrio operacional, e um dia a conta chegará ao próprio beneficiário. As
políticas sociais, no âmbito trabalhista, são 100% originárias da demagogia política, porque são
direitos artificiais oferecidos às custas de quem, ao criar um emprego, já está praticando o
maior ato social. Um direito trabalhista não é um direito social, ele é um assalto institucional que
obriga a vítima (o empregador) a colocar a mão no bolso e passar o dinheiro para uma terceira
pessoa (o empregado), do qual o assaltante (o governo) espera um repasse da parcela em
forma de “voto”. E chamam isso de política social. Puro engano! A verdadeira política social é
quando toda a sociedade, representada por seu governo, se mobiliza para ajudar quem
necessita, mostrando como deveria realmente ser eficiente com a saúde, a segurança, a
educação, para seus cidadãos contribuintes. Mas ele não o faz, para priorizar com mais
recursos os salários milionários do corporativismo do Estado; para alimentar a corrupção e
acobertar a incompetência administrativa, expressa na má qualidade dos eleitos pela maioria
inculta ou inconsciente de eleitores. A carga tributária e a ineficiência administrativa são
diretamente proporcionais ao índice de corrupção e demagogia do país.
Nós só temos que agradecer, e muito, à China.
Quando um político, demagogo por excelência, fala que mais de 40 milhões de brasileiros
chegaram à classe média nos últimos anos não é porque o poder de compra deles aumentou,
mas é porque o produto do sonho de consumo deles tornou-se muito barato e acessível,
graças à China. “Não foi Maomé que foi à montanha, mas a montanha que foi até Maomé.”
Não fosse pela China, nós estaríamos pagando mais de R$ 500,00 por uma camisa e não R$ 25,00. Uma chapa de agulhas para máquina de costura reta, que há 30 anos se importava
do Japão por US$ 6,00 (seis dólares) e se vendia por R$ 30,00, hoje se importa por US$ 0,20
(vinte centavos de dólar) e se vende por R$ 1,00. Tudo isso porque a China tem uma carga
tributária entre 10% e 12% do PIB, e não de 40% como a nossa. Porque o chinês ama o
trabalho e sua produção de um dia vale por cinco dias de produção de um trabalhador
ocidental. Produz bem e barato porque vende apenas seu trabalho e não leva para a empresa
empregadora obrigações produzidas por direitos artificiais de leis demagogas que só servem
para aumentar o custo do produto e a ociosidade do trabalhador. Na China recolhem-se
apenas tributos para a previdência social.
Prestem atenção a esta realidade da nossa sociedade:
Quando uma pessoa vai trabalhar para uma empresa, só fica preocupada com os direitos
que os políticos criaram para ela, como vale-transporte e alimentação, direitos de maternidade,
paternidade, férias, 13o, PLR etc., e reclamando de trabalho escravo, movimentos repetitivos,
acúmulo de funções, pressão psicológica, carga horária rigorosa, riscos na viagem de ida e
volta ao trabalho etc. Mas quando essa mesma pessoa, não encontrando trabalho nas
empresas, decide montar seu próprio “ganha-pão” em casa, com uma máquina de costura ou
outra coisa, ela passa a trabalhar 15, 16 horas por dia, visando a uma grande produção e boa
qualidade. Quem é, nesse momento, seu escravizador? Ninguém. É a sua vontade de
trabalhar. Quem é que está lhe tirando os direitos? Simplesmente não existem direitos. Existe,
sim, a grande perspectiva de ser bem-sucedido, porque o sucesso só se alcança com muito
trabalho, e não com direitos artificiais. E lá na China essa filosofia não é de uma pessoa, mas
de toda a nação. É no trabalho que os chineses estão encontrando a solução de todos os seus
problemas, o sucesso de 1,5 bilhão de pessoas.
Então nosso inimigo não está na China, mas dentro de casa. Em tudo o que torna nosso
produto caro. Está na corrupção, na impunidade e, acima de tudo, nas leis trabalhistas, que
só foram engenhadas e serviram para levar ao poder políticos corruptos e sindicalistas
demagogos. Pior que, em pleno século 21, com o povo já culturalmente evoluído, ainda há
“caras de pau” insistindo em novas leis, querendo reduzir a semana de trabalho de 44 para 40
horas, e que, com o Projeto de Lei 3941/89, já conseguiram aumentar o tempo de aviso prévio
em até 300%, para onerar ainda mais o trabalho. Demagogia não falta para encarecer ainda
mais o custo Brasil.
Gostaria de pedir a esses sindicalistas que nos demonstrem que, além da farta demagogia,
possuem também inteligência e apresentem uma solução que possa resolver o atual problema.
Que promovam o ressurgimento das nossas indústrias, e em condições competitivas com as
chinesas. E não me venham com a velha história de que os chineses ganham US$ 20 ou US$
30 mensais porque nas cidades industriais o salário do operário, em moeda chinesa, é de 2
mil RMB (mais ou menos US$ 300), maior do que no Brasil; só que com 1 RMB se compra o
equivalente ao que se compra com US$ 1 no Ocidente. Isso porque os preços internos não
são inflacionados por altíssimos impostos e por leis trabalhistas demagogas.
Sindicalistas não sabem nada! E não têm o mínimo senso de responsabilidade em sua
consciência, para pensar nos efeitos negativos de seus atos. Só sabem falar besteiras e,
enquanto “defendem” os trabalhadores brasileiros, só usam produtos chineses!
quarta-feira, 28 de março de 2012
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