O governador Raimundo Colombo (PSD) já está no segundo mandato, mas tem um assunto que tramita o governo dele desde o início que ainda não teve um desfecho: o destino das SDRs. Desde que ele assumiu o cargo, elas continuam por aí, mas nunca mais foram as mesmas conforme um dia imaginou o idealizador Luiz Henrique da Silva (PMDB).
Desde 2011 elas vêm passando por um processo de enfraquecimento, falta de recursos e de poder de resolução. A consequência disso é que os prefeitos, por exemplo, já vão direto a um deputado ou outro secretário estadual em Florianópolis para buscar alguma reivindicação. Preferem pular a SDR local.
Enquanto isso, o secretário de desenvolvimento regional, que está no interior do estado fica se virando com o que tem. Geralmente é só pepino. Estradas esburacadas, escolas fechando ou precisando de reforma e obras que não consegue terminar.
Agora um projeto tramita na Assembleia Legislativa propondo a transformação das SDRs em Agências de Desenvolvimento Regional. Seriam extintos 108 dos atuais 455 cargos comissionados e 136 das 468 funções de chefia ocupadas por servidores de carreira. Só a regional da Grande Florianópolis seria extinta. As outras 35 seriam mantidas.
O presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio (PSD), disse na semana passada que se fosse governador fecharia as SDRs, mas como não é vai apoiar a decisão do correligionário Raimundo Colombo.
Outros deputados, como Rodrigo Minotto (PDT) tem proposta de acabar definitivamente com as SDRs. Para ele, os R$ 418 milhões usados para manter as secretarias em 2014 poderiam ser usados em outras áreas.
Seja lá o que for decidido para as SDRs, o que decepciona mesmo é a demora para resolver o assunto. Quase cinco anos seria tempo suficiente para inclusive, ouvir o que a sociedade organizada pensa sobre o assunto. Se um dia as Secretarias serviram para descentralizar o governo, nada melhor do que ouvir o que interior tem para dizer. Mas mais do que nunca, resolver logo o assunto.