quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Reforma Federativa na pauta dos prefeitos
A situação não é nenhuma novidade e exclusividade da nossa região. Há muito tempo os prefeitos têm se utilizado deste recurso para manter os gastos dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. De todos os cantos do país chegam notícias desse tipo.
O significado de tudo isso é um só. As prefeituras não dão mais conta dos compromissos que tem e precisam com urgência de uma revisão no Pacto Federativo. Os recursos municipais são insuficientes para investimentos. Qualquer coisa além da obrigação depende de passar o pires num gabinete do executivo ou legislativo.
Ontem mesmo, o governador Raimundo Colombo assinou o repasse de cerca de R$ 15 milhões para os municípios, por meio do Fundam. O prefeito de Vargem, pequena cidade do Planalto Sul, recebeu R$ 1,2 milhões do Estado, que equivalem a mais do que a prefeitura teria em quatro anos de gestão. Na história brasileira, um dos motivos da Revolução Farroupilha, foi o fato de 50% dos recursos ficarem no governo central. Hoje em dia essa relação é maior ainda: 60% ficam em Brasília, 25% nos Estados e somente 15% nos municípios. Seria ou não um novo motivo de revolta?
Para o governo, a reforma política tem se apresentado como uma prioridade, mas para os municípios, a prioridade é a revisão do Pacto Federativo, para organizar atribuições, redistribuir recursos e dar solução para as necessidades do cidadão.
2 comentários:
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A várias reformas que precisão acontecer no Brasil: agrária, política, federativa entre tantas outras. Porém a classe política que ai está não me passa o sentimento de que irá faze-las. É sempre o poder pelo poder. Quando mudam fazem isso minimamente e tratam como grande coisa. Vejo pouca perspectiva de melhora, inclusive na classe política, a longo prazo!
ResponderExcluirOs prefeitos são ludibriados pelos deputados, que precisam de cabos eleitorais nas regiões para se reelegerem. Todo mundo fala mal das emendas, mas ninguém abre mão delas.
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