As próximas duas semanas prometem ser agitadas pelos interesses pré-eleitorais e não apenas entre os políticos que pensam em mudar de partido ou definir espaço para as eleições de 2014. Câmara dos Deputados e Senado também correm contra o tempo para aprovar uma minirreforma eleitoral.
Seguindo a tradição de ser feitas às pressas a tal minirreforma atende a interesses particulares dos políticos e representa poucas mudanças significativas para o eleitor. Na proposta aprovada pelo Senado e que agora segue para a Câmara destacam-se algumas linhas.
O tempo da campanha foi reduzido em dois dias, mas o horário político no rádio e televisão permanece em 45 dias.
Na TV voltaram a ser liberadas imagens externas.
Na internet estarão liberadas as manifestações nas redes sociais antes da campanha, sem risco de ser considerada propaganda fora do prazo.
No ano da eleição, os partidos continuarão recebendo o Fundo Partidário, mesmo que a prestação de contas dos anos anteriores tenham sido desaprovadas.
As concessionárias e permissionárias de serviços públicos continuam proibidas de fazer doações de campanha, mas as empresas privadas que integrem consórcios deste tipo poderão fazer as doações individualmente.
A contratação de cabos eleitorais ainda será permitida.
As enquetes informais durante a campanha estarão proibidas e sobre as pesquisas eleitorais, parecem ter esquecido o assunto.
Ainda proibiram o uso de faixas, placas, cartazes e pinturas em logradouros públicos e bens particulares para acabar com o chamado ‘leilão do muro’, mas vão permitir o uso de móveis para distribuição de material de campanha, daí vamos ter o ‘leilão da calçada’.
Ainda decidiram sobre o tamanho de adesivos nos carros e limite do som para conter os excessos.
Tempo de mandatos, reeleições, coligações, verticalização e outros temas relevantes acabaram ficando de fora.
Apostam mais uma vez no desinteresse do eleitor para moralizar o sistema.
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