Uma das marcas do ex-governador Luiz Henrique da Silveira foi a construção de arenas multiuso e centro de eventos em diversas regiões do estado. A ideia foi garantir infraestrutura para alimentar a indústria do turismo de eventos. Mas Tubarão ficou apenas com a promessa. Até municípios menores foram contemplados e por aqui a obra só teve início no final de 2010, já no governo de Leonel Pavan, e mesmo assim depois de diversas mudanças no projeto.
Só que nem o início da obra é garantia de que ela será concluída. O prefeito Manoel Bertoncini (PSDB) quer rever as condições do convênio firmado. Do jeito que está diz que o município não terá como cumprir a sua parte. Hoje, para cada R$ 500 mil investidos pelo Governo Estadual, Tubarão tem que dar uma contrapartida de R$ 750 mil, situação considerada inviável. Bertoncini avalia que o município tem condições de bancar 30% do projeto e por isso pede a revisão.
Reportagem de terça-feira do Diário Catarinense apresenta um panorama geral das obras realizadas pelo Estado. Foram R$ 130 milhões investidos em projetos e o sucesso dos empreendimentos não apareceu para todos. Chapecó, por exemplo, virou um grande centro de realização de eventos e feiras. Jaraguá do Sul, que não tem mais o grande time de futsal com o super craque Falcão, ficou com uma estrutura que custa R$ 25 mil por mês em manutenção e receita fixa de R$ 4 mil do aluguel dos bares.
A revisão do convênio é mais uma vez uma oportunidade de revisão também do projeto. Tubarão pode conhecer de cada uma das cidades que construiu arenas e centro de eventos o que deu certo e o que deu errado para não repetir por aqui os mesmos erros. O governo do estado já manifestou que pretende aproveitar melhor as estruturas existentes e reavaliar os projetos em andamento. Pra quem já espera há pelo menos seis anos pela obra, aguardar um pouco mais para fugir dos erros não custa nada.
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