Um Projeto de Lei deu entrada ontem na Câmara de Vereadores de Imaruí e promete polêmica. O proposta, dos vereadores Elina Roussenq e Vanderlei Cunha, o Vand, ambos do PMDB, proibe o lançamento de agrotóxicos por aeronaves nas lavouras cultivadas em imóveis na área territorial do município.
A principal cultura atingida pela lei seria a rizicultura. Em Imaruí, 68 produtores plantam arroz em 3.500 hectares, principalmente na localidade de Vale do Rio D’una. A produção estimada para este ano é de 490 mil sacas de arroz.
Desta localidade sai parte da água que abastece os municípios de Imbituba e Garopaba e a água descartada pelas lavouras desemboca na Lagoa de Imaruí.
Um dos argumentos é também que os agricultores são de fora da cidade, levam os lucros e os moradores ficam com os prejuízos. Então o conflito entre os pescadores e os produtores de arroz é grande.
Os produtos lançados pelos aviões são geralmente inseticidas e fungicidas, mas as aeronaves também são utilizadas para semeadura e aplicação de uréia, que não causam nenhum dano. A quantidade é receitada por técnicos e controlada.
Se não for feita por meio aéreo pode ser feito pela forma costal que usa máquinas terrestres. De forma aérea, argumentam os produtores, é mais rápida, não expõe o agricultor aos produtos e é mais controlada. Somente produtos das classes 3 e 4, que são as menos poluentes são permitidas.
Uma outra alternativa seria o investimento na agricultura orgânica, mais aí a produtividade é menor. Portanto o assunto é complicado e mexe com a cultura das pessoas. Para os produtores seria um erro optar pela proibição. Já para os pescadores seria uma forma de proteger a lagoa e a atividade pesqueira.
É um assunto isolado no município de Imaruí, mas que merece uma discussão ampliada. Não é apenas um tema econômico, mas ambiental.
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