A cada dois anos o Brasil para por causa das eleições. Um dos reflexos desta inércia pode ser visto na atuação dos parlamentares. Quem não é candidato, acaba envolvido nas campanhas dos amigos partidários. Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o assunto virou polêmica por causa da ausência de alguns deputados que também são candidatos. Muitas das faltas ficam mal explicadas.
Entre os deputados da região, Joares Ponticelli (PP) aparece em sétimo lugar na lista com 25 ausências em 2012. Destas 15 foram para eventos ou viagens oficiais, oito com explicações genéricas e duas para tratar de assuntos particulares. José Nei Ascari (PSD) está na outra ponta da lista sendo o segundo com menos ausências. Foram duas faltas para eventos ou viagens oficiais.
No meio da lista também estão Manoel Mota (PMDB) com 13 ausências, sendo cinco com explicações genéricas, José Milton Scheffer (PP) com 12 ausências, e quatro explicações genéricas, Valmir Comin (PP) com 11 ausências e três explicações genéricas e Dóia Guglielmi (PSDB) com nove ausências e cinco explicações genéricas.
Já pensou uma lista dessa envolvendo a Câmara dos Deputados em Brasília?
De qualquer forma, os presidentes das casas legislativas deveriam atuar energicamente com descontos nos salários para as ausências mal explicadas. Fazer campanha com o dinheiro do povo é que não dá.
Se gostam tanto de dizer que são homens do povo, deveriam ser tratados igual ao trabalhador comum que vê o salário descontado sempre que tem uma falta injustificada.
Mas além de devolver o dinheiro aos cofres públicos, os parlamentares bem que podiam discutir seriamente o calendário eleitoral e rever a frequência das eleições. Hoje temos políticos desgastados, eleitor desinteressado e um custo absurdo para organizar e realizar eleições a cada dois anos. Mas enquanto continuar esta impunidade com o bolso deles, quem é que acredita em alguma mudança?
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
O custo das ausências
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