Junto com o prazo para novas filiações e mudanças de partidos,
terminou também o prazo para mudanças nas regras eleitorais e a Reforma
Eleitoral ficou pra trás novamente. Se ela for aprovada este ano, não
irá valer para a próxima eleição.
De novo tivemos
algumas discussões e algumas ideias aprovadas e rejeitadas nas
comissões. Mas qualquer mudança na lei eleitoral deve ter sido aprovada
pela Câmara dos Deputados e Senado Federal pelo menos um ano antes das
eleições. Como nada mudou algumas situações consideradas estranhas vão
continuar existindo.
Vejamos o exemplo do troca-troca
de partidos que ocorreu nos últimos dias. Quem mudou para um partido
novo não corre risco nenhum. Quem trocou de sigla vira alvo de alguns
questionamentos.
É o caso do vereador Edson Firmino que
deixou o PDT para se filiar ao PMDB. A mudança foi a opção dele para
tentar continuar com chances de ser reeleito. Como o PDT ficou
enfraquecido, corria sério risco de não garantir a legenda suficiente.
Mas
Firmino foi eleito em 2008 numa coligação proporcional com o PPS, PTB e
PR. Partidos que na majoritária integraram a coligação do prefeito
eleito Manoel Bertoncini do PSDB. O PMDB foi adversário em todos os
cenários. Ele ainda faz parte da atual administração e ocupa o cargo de
secretário de Governo.
Em 2010, o vereador também foi
candidato. Chegou a ser cotado para ser vice na chapa de Ângela Amin, do
PP, mas acabou disputando o cargo de deputado federal, coligado com PP e
PT do B. Mesma aliança que deu apoio na disputa pelo governo do Estado.
Nos dois cenários o PMDB também foi adversário.
Vale
lembrar também que o mesmo PMDB que foi adversário do PSDB em nível
municipal, foi aliado dos tucanos em nível estadual e adversário
novamente nas eleições presidenciais.
É uma salada muito
difícil de entender, mas que é autorizada e permitida pela legislação
eleitoral. Não sei nem se dá para entender o que estou escrevendo hoje.
Mas diante de tudo isso, dá para criticar alguém que faz uso de todas as
possibilidades para continuar se mantendo vivo no jogo político atual?
Já que ideologia não vale nada mesmo, os mais espertos se aproveitam das
cartas que tem.
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