Campanha da Fraternidade lançada ontem (9/3) lembra questões ligadas ao meio ambiente e preservação do planeta. É um tema que cada vez mais estará presente na vida das pessoas. É um tema que não pode mais ficar de lado.
A forma como o planeta vem sendo explorado nos coloca numa posição de grande reflexão. A Campanha da CNBB, por ter uma abrangência mundial, deve prestar uma grande colaboração na questão de manter o assunto em evidência e quem sabe despertar aqueles que ainda não se deram conta sobre a gravidade do problema.
O modelo atual de exploração dos recursos naturais do planeta, está comprovado, é altamente destrutivo. Há muita controvérsia, é claro, sobre as causas do aquecimento global, sobre as mudanças climáticas, emissão de gases poluentes, entre tantos outros assuntos.
Mas é fato que algumas ações responsáveis poderiam ampliar as possibilidades de um futuro melhor. São exemplos a ocupação irregular de áreas para a habitação e a produção e descarte de lixo de forma desenfreada. Estes pontos precisam de correção.
É preciso pensar no futuro. Faço uma comparação de que a preservação ambiental deveria ser como as pessoas se preocupam com a aposentadoria.
Pensando numa terceira idade razoável e estável, as pessoas contribuem com a previdência por mais de 30 anos. Todo mundo sabe que não adianta deixar para a última hora, pois ficará bem difícil ter a aposentadoria da forma como ela foi imaginada. Quem deixa para poupar no final terá muito mais dificuldades do que aqueles que ao longo da vida procuraram por meios de garantir uma boa renda. Seja pela própria contribuição, ou por investimentos paralelos.
Então por que não se pensa assim também com a natureza, com a educação, com as nossas cidades? Por que não pensamos em ações que terão reflexos nos próximos 30, 40 anos? Por que não se investe também em decisões que terão influência nas gerações futuras e poderão também garantir uma expectativa de vida com qualidade e decência?
O tempo de mudar de atitude está se esgotando, mas ainda dá tempo.
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