A Assembléia Legislativa de Santa Catarina aprovou esta semana o Salário Mínimo Regional. O assunto divide opiniões de empresários e trabalhadores. Nem os deputados se entendem sobre o assunto Edivaldo.
A decisão da Assembléia Legislativa criou a partir de janeiro de 2010 quatro novas faixas salariais. Estes valores vão servir de referencia para as diversas categorias negociarem os salários nas datas bases a partir do próximo ano. Os salários variam entre R$ 587,00 e R$ 679,00.
Os comerciários de Tubarão e região por exemplo comemoram. O piso, que atualmente é de R$ 560,00, não vai poder ser menor do que R$ 647,00 em 2010.
Já entre os empresários o pensamento é de que a negociação dos salários deveria ser livre entre os sindicatos patronais e dos trabalhadores. O presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit) Eduardo Silvério Nunes demonstra preocupação com o momento da decisão.
- O posicionamento da classe empresarial é voltado à necessidade de livre negociação entre as classes, a respeito de salários, levando em conta, inclusive, o papel dos sindicatos, que já atuam como intermediários nessa relação. Outra preocupação é que tal medida, somada à retração natural da economia no atual momento, reduza ainda mais os postos de trabalho - diz Nunes.
Entre os deputados estaduais, mesmo após a aprovação do projeto, o tom é de troca de farpas entre os que concordam e os que desaprovam.
É claro que do ponto de vista da valorização do trabalho o projeto é muito bom. O salário mínimo nacional é de R$ 465,00 e isso é muito pouco. Só que mais uma vez se decidem as leis que mexem no bolso da iniciativa privada e se deixa de legislar sobre o compromisso do governo.
E os impostos? E reforma tributária?
Mais uma vez ficam de lado.
Os empregadores reclamam do aumento, porque a carga de impostos sobre os salários é muito grande. Os trabalhadores também são taxados sobre isso. A resposta a este descaso é a ameaça de desemprego ao trabalhador, que deveria ser o maior beneficiado desta decisão e no final pode acabar pagando a conta.
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Salário mínimo regional: troca de farpas na Alesc
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