Como já era de se imaginar, as definições das chapas para a disputa das eleições ao governo de Santa Catarina ficaram para a última hora. As convenções foram sendo realizadas desde o dia 20 de julho, mas com atas abertas, homologações aprovadas e candidato nomeados, tudo ficou para os últimos minutos do dia 5 de agosto. E a decisão final ainda coube ao PSDB, que com reunião convocada para o domingo de manhã levou o assunto até o final da tarde.
No final, PSD e PP voltaram a se entender e o PSDB coligou com o PMDB. Após diversas reuniões e possiblidades de composição, Gelson Merísio (PSD) será o candidato a governador com João Paulo Kleinubing (DEM) de vice. Para o senado, Raimundo Colombo (PSD) e Esperidião Amin (PP). Já Mauro Mariani (MDB) será candidato a governador, tendo como vice Napoleão Bernardes (PSDB). Disputam o senado Paulo Bauer (PSDB) e Jorginho Mello (PR). O PT vai de chapa pura com Décio Lima para o governo, Kiko de vice, e Lédio Rosa e Ideli Salvatti para o senado.
Desta forma teremos oito candidatos na disputa pelo governo de Santa Catarina. Além dos já citados acima, teremos ainda: Ângelo Castro (PCO), Carlos Moises da Silva (PSL), Ingrid Assis (PSTU), Leonel Camasão (PSOL), e Rogério Portanova (Rede).
Boeira fora
Para a região Sul, além da falta de representatividade nas chapas majoritárias, ainda terá a baixa do deputado federal Jorge Boeira (PP), que tentou ser candidato ao senado e sem conseguir, não vai disputar a reeleição.
Alianças sem projetos
Com as negociações até o fim do prazo legal, fica mais uma vez evidente que os partidos procuram se acertar nos nomes, e o projeto político fica em segundo plano. O tempo de televisão conta mais. Vemos alianças com siglas de histórico socialista com outras liberais. As chapas puras se formaram muito mais por isolamento do que por ideologia. E isso não é um problema só em nosso estado. As formações das chapas para presidente seguiram quase o mesmo ritual. Enquanto o eleitor se deixar iludir dessa forma, assim será.
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