A movimentação para as eleições municipais de 2016 seguem em ritmo lento. Pelos menos publicamente, os passos dados são bem calculados e com pouca divulgação. Em compensação a Central de Boatos segue a todo vapor. Sem pesquisas oficiais que confirmem qualquer tipo de intensão de voto ou rejeição a este e aquele candidato, todo mundo aparece bem cotado e na frente dos adversários.
Mas existem alguns fatores que podem ser considerados para avaliar este momento pré-eleitoral. A crise política nacional talvez seja um dos principais. Muito se aguarda pelo desfecho sobre o pedido de Impeachment da presidente Dilma Roussef (PT).
Outra situação é o próprio calendário eleitoral que foi estendido. As filiações e trocas de partidos terminaram no mês de março e as convenções partidárias que vão definir os candidatos podem ser realizadas até cinco de agosto. Ou seja, campanhas oficiais só depois disso. As previsões mais otimistas dão conta de que os candidatos vão ter os registros necessários e materiais de campanha prontos só na segunda quinzena de agosto.
As campanhas mais curtas, provavelmente vão atender a uma outra dificuldade dos candidatos e que também é um dos fatores deste momento de poucas ações: a falta de recursos para garantir as campanhas. Em Tubarão, por exemplo, onde tem campanha na TV, o custo das candidaturas a prefeito é mais elevado. Mas também tem muito pré-candidato a vereador que aguarda pela ajuda do partido para levar a campanha adiante.
Sem as doações das empresas, há muita indefinição sobre quantos recursos vão ter disponíveis para a campanha. Se hoje falta dinheiro até para fazer uma pesquisa registrada, na hora da eleição a situação pode piorar. Ao que tudo indica, vamos ter campanhas mais modestas e próximas da realidade do momento. O que até pode ser bom, pois o eleitor vai ter que prestar mais atenção no discurso do que nos fogos de artifício.
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